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Tudo pelos pequenos - Entidade atende 94 crianças de zero a cinco anos de idade com apoio da Igreja Metodista

Publicado na Revista Tutti Vida & Estilo | 12ª Edição | Fevereiro | 2014
Foto: Alessandro Maschio

Por Ronaldo Victoria

Fundada em 1975, com apoio da Igreja Metodista, a Amas (Associação Metodista de Ação Social) hoje exerce, em Piracicaba, um trabalho totalmente voltado para a criança, da faixa de zero aos cinco anos de idade. A entidade mantém a Creche Marhslea Dawsey, que fica no bairro Nova América, na rua Mário Telles, esquina com a avenida Alberto Vollet Sachs.

Foi exatamente naquela região que tudo começou. Nos anos 80, o local tinha a favela do Sapo, localizada às margens do ribeirão Piracicamirim, que quase sempre inundava no início do ano. “O trabalho começou com a distribuição de cestas básicas para as famílias atingidas pelas enchentes. Com o tempo, e a melhoria da habitação, a situação mudou. A mulher foi para o mercado de trabalho e assim nos voltamos para a questão da criança. Ou, na verdade, à questão da mulher que precisa trabalhar para garantir o sustento da casa e não tem com quem deixar os filhos”, explica Maria Aparecida Rossi, atual vice-presidente e que foi presidente em outras gestões.

Não é uma tarefa fácil, reconhece o presidente atual, Márcio Prado Oliveira. Hoje, a Amas acolhe 94 crianças dessa faixa etária, que ficam na creche em tempo integral, das 7h30 às 17h, e que, além de todo o acompanhamento pedagógico, recebem quatro refeições diárias: café da manhã, almoço, lanche da tarde e um lanche mais reforçado na saída. “Nós recebemos, da prefeitura, R$ 216 referentes a cada criança. Precisamos de aproximadamente R$ 25 mil para fechar essa conta, pois temos despesas com funcionários e todas as contas com água, luz e telefone. O resultado é que precisamos correr atrás de R$ 7.000 a R$ 8.000 por mês”, explica.

Além de eventos especiais, como bingo e outras festas beneficentes, a Amas conta com a renda da Festa das Nações, promoção em que sempre esteve presente representando a Barraca Espanhola. “Não foi uma escolha, houve um sorteio logo no início, no tempo em que o comando da festa era da então primeira-dama Rosa Maluf. Ficamos com a Espanha e acabamos gostando”, lembra Maria Aparecida.

Para este ano, a entidade promete novidades no comando da barraca. O presidente reconhece que o prato principal – a paella servida em duas opções, a valenciana (com frutos do mar) e a de la huerta (com vegetais) – ainda é visto como uma opção cara pela maioria dos frequentadores. Por isso, pela primeira vez a entidade vai vender porções pequenas do prato, logo no quiosque da entrada, e a um preço mais acessível.

Além de doações, a AMAS também conta com recursos do Fumdeca (Fundo Municipal de Apoio à Criança e ao Adolescente) e também com apoio de empresas. E neste sentido, Márcio faz questão de destacar o empenho da Caterpillar. “Todo ano nós passamos uma lista para a Caterpillar e a empresa retorna com um presente especial, com o nome de cada uma das crianças e uma cartinha para a família. Isso que é legal, pois não é apenas fazer por fazer, mas demonstrar carinho”, diz. Além disso, a entidade conta com apoio da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) que, este ano, vai dar todo o apoio logístico para a Festa das Nações.

Em relação a voluntários, a associação só precisa mesmo para a festa, já que todos os funcionários são especializados. Assistente social da Amas, Ana Maria Orsini Rossi fica com a difícil tarefa de fazer a triagem das crianças, e afirma que em média apenas 40% são aceitas por ano, entre todas as que se inscrevem. “Analisamos várias questões, mas é fundamental que a mãe trabalhe e não tenha com quem deixar o filho”, explica.

Ana Maria lembra também que a Amas mantém um bazar beneficente, que está localizado no número 974 da rua Dom Pedro I, ao lado da Igreja Metodista Central. O local fica aberto de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30, e aos sábados das 8h30 às 13h. “Lá nós temos à disposição eletrodomésticos, utensílios domésticos, roupas (masculinas, femininas e infantis), calçados e bolsas. Tudo é comercializado a um preço bem acessível, que vai de R$ 0,50 a no máximo R$ 80”, conta.

O bazar tem duas voluntárias, que trabalham uma em cada período. Recebe doações e vai retirar na casa da pessoa. Os interessados devem ligar para 3042-2539.
 

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