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Mais e mais verde

Publicado na Revista Tutti Vida & Estilo | 04ª Edição | Outubro | 2012
Foto: Alessandro Maschio / MBM Ideias

Projetos paisagísticos trazem mais qualidade de vida aos condomínios verticais.

O concreto. O trânsito. A tela do computador. A urbanidade estressa os olhos e a mente. Muitos não têm como fugir dessa rotina no decorrer da semana. E, após um dia cheio de estímulos diversos, as quatro paredes de um apartamento podem parecer o que o dia reservou de melhor.

Porém, uma peculiaridade de alguns condomínios verticais espremidos na Zona Urbana pode contribuir para um relaxamento mais eficiente. Um olhar para as plantas, flores, nuances de texturas e tonalidades pode propiciar um prazer deleitoso e um efeito calmante, mesmo que seja por alguns instantes.

O poeta Vinícus de Morais acertou em cheio quando prescreveu a beleza como essência fundamental. Não somente a beleza do ser, mas a do ambiente em geral. Assim, o paisagismo nos arranha-céus é uma subtração eficiente e saudável do cinza do concreto.

Isso é tão verdade quanto necessário nos dias turbulentos de hoje, em que o mercado imobiliário contemporâneo já internalizou em seus projetos arquitetônicos áreas diversas destinadas ao verde, relata a empresária do setor em Piracicaba, Aline Fernandes Iacovantuoni, da Construtora e Incorporadora Delta.

Novos empreendimentos têm o olhar simbiótico de arquitetos, engenheiros agrônomos e paisagistas para a necessidade da estética positiva. Um exemplo disso é o recém-lançado Edifício Torres Delta Club, localizado no Bairro Alto, com o projeto da torre assinado pelo arquiteto Paulo Belatto e, da área externa, por Juarez Borges, também arquiteto.

Com sua frente toda fechada pelo paisagismo – três pergolados com bancos em madeira, jardineiras, muro ‘vivo’ e uma composição de pisos –, a criação da área externa foi uma forma de combater a estética ‘pobre’ do outro lado da rua, explica a engenheira agrônoma que assina o projeto verde do Delta Club, Gabriela Boscolo.

“Temos bem defronte ao prédio um supermercado e uma área de estacionamento, ou seja, um visual feio e agressivo. Para eliminar esse efeito nocivo, investimos nas plantas tropicais, desde os sapatinhos-de-judia para as trepadeiras que cobrirão os pergolados, até as calçadas, que receberam bauhinia, uma árvore de médio porte que não atropela o pedestre, proporciona sombra aos passantes e não interferirá na fiação.”

A noite também é um bom momento para vislumbrar a natureza. Para favorecer ainda mais o paisagismo, a iluminação noturna também ganhou um planejamento conforme cada espécie de planta. Visando à manutenção e à garantia da vida delas, a irrigação é automática no Delta Club.

A arquiteta Maria Paula Orlando, parceira de Gabriela no projeto paisagístico, destaca que todo o contexto do planejamento é recente nas cidades do interior. “Hoje em dia, os empreendimentos imobiliários estão surgindo com mais detalhes e complementos nas áreas externas que antes só eram vistos na capital paulista”, relata Maria Paula.

Ômega

Outro case similar é o Edifício Ômega, na região central, e assinado pelo arquiteto Celso Laetano. Rodeado pela frenética urbanidade, ao entrar nos espaços comuns dos moradores – piscina e jardins – a poluição visual magicamente se afasta. Detalhes como a mudança das cores nas folhagens da jardineira maior e as formas curvas que elas fazem num ‘composê’ harmonioso chegam a parecer um balé clássico.

Tudo para as plantas foi meticulosamente pensado já durante o projeto arquitetônico da torre do Ômega – que, generosamente, abriga um apartamento por andar. A dupla Maria Paula e Gabriela também é responsável pelo paisagismodo edifício de alto luxo. 

“Foram estudados o gosto do cliente, o estilo arquitetônico e o que o ambiente pede”, diz Gabriela. Maria Paula conta que foram elencadas plantas que demandam pouca manutenção com a finalidade de manter a performance do paisagismo. 

No jardim compacto do Ômega, há elementos que compensam a disputa injusta entre tijolos e natureza. Os vasos em cerâmica vitrificada para as agaves-palito e, no canteiro com profundidade rasa, cerca de 60 centímetros, que teria sérias dificuldades em receber uma árvore, um pandano que chega a até 10 metros, foi plantado. “Essa espécie é a ideal para profundidades pequenas, pois não oferece risco de queda”, conta a paisagista Gabriela.

Agora, corra para o jardim e explore cada pedacinho dele. (por Cristiane Bonin)

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