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Drenagem linfática: o que ela faz por você

Publicado na Revista Monte Alegre | 07ª Edição | Fevereiro | 2012
Foto: Divulgação

Técnica auxilia na eliminação do líquido e das toxinas acumuladas no organismo

Ouvimos falar constantemente de drenagem linfática, principalmente porque ela já entrou para a cultura popular por meio dos artistas que falam dela na TV e nas revistas. Inúmeras vezes, recebo pacientes que chegam já certas de que precisam da drenagem linfática. Acho até engraçado, porque frequentemente, para o objetivo que elas almejam, a drenagem linfática sozinha não faria tanto efeito assim.

Vamos entender melhor o que é essa tão falada drenagem linfática.  Ela é realizada pelo nosso sistema linfático, que é um sistema anexo do sistema venoso, ou seja, os vasos linfáticos caminham junto às nossas veias. Importante conhecer essa anatomia para sabermos que, assim como muitas de nossas veias são superficiais, os nossos vasos linfáticos também são. Aí está o motivo pelo qual a drenagem é realizada de forma tão leve, tão suave (as massagens mais vigorosas, mais fortes e intensas não são, portanto, consideradas drenagem linfática).

Então qual a função da drenagem linfática? Como o nome já diz, ela auxilia na drenagem da linfa que nosso corpo produz, que é um composto de proteínas, restos de células, bactérias, água em excesso. Isso não quer dizer que, se não fizermos a drenagem linfática por meio de algum profissional, essa linfa não será transportada de volta para o nosso sangue. Será sim. Na verdade, a drenagem linfática tem simplesmente a função de auxiliar na função que nosso corpo já realiza, sendo indicada principalmente quando nosso corpo não dá conta de todo o excesso de líquido voltar para o lugar correto.

Na prática, a drenagem linfática é indicada principalmente quando estamos inchadas, seja no período pré-menstrual, em casos de tratamento estético – na celulite, por exemplo, que tem um componente de excesso de líquido no local -, em pós-operatório de cirurgias; em gestantes, quando se queixam de inchaço nas pernas, tornozelos e pés e, às vezes, nas mãos; e no pós-operatório de mastectomizadas.

É importante ressaltar que a drenagem tem contra-indicações, não podendo ser realizada indiscriminadamente, sem uma boa avaliação. Febre e infecções agudas são alguns casos em que a drenagem deve ser evitada, devendo ser realizada somente após a resolução dos sintomas.

 

Carla Campos é fisioterapeura e doutora pela USP (Universidade de São Paulo)

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