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Sustentabilidade é palavra de ordem na Esalq

Publicado na Revista Monte Alegre | 02ª Edição | Maio | 2011

Escola completa 110 anos e novo diretor fala de sua visão de futuro para a instituição

 Se o Brasil, hoje, é um dos países mais avançados do mundo na pesquisa e na produção agropecuária, deve grande parte deste mérito à Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). Considerada uma das melhores escolas do gênero no mundo, ela chega aos 110 anos no dia 6 de junho com uma história pontuada de sucesso e de conquistas.  É, definitivamente, o orgulho de cada piracicabano, não só por sua beleza, mas por sua importância em âmbito global.

Esse imenso patrimônio acadêmico-científico está sob nova direção desde o início deste ano. José Vicente Caixeta Filho, 48, engenheiro civil formado pela USP (Universidade de São Paulo), mestre em economia pela University of New England (Austrália), doutor em engenharia de transportes também pela USP e livre-docente pela Esalq, está à frente da ‘gloriosa’ (como é conhecida a escola) nesta data emblemática.

No corre-corre diário que a função impõe, Caixeta reservou na agenda um momento para falar com a Revista Monte Alegre. Confira a entrevista.

 

Revista Monte Alegre - Estar à frente da Esalq, no momento em que ela completa 110 anos de fundação, tem um significado especial para o senhor?

José Vicente Caixeta Filho - Certamente, principalmente pelo fato de significar a celebração de uma data importante para uma instituição que literalmente tem feito história no ensino, pesquisa e extensão, principalmente no campo das ciências agrárias e, mais recentemente, extrapolando para outras ciências.

Nem agrônomo, nem florestal. O senhor é engenheiro civil formado pela USP e sua eleição parece ter quebrado alguns paradigmas na instituição. Isso, em algum momento, dificultou sua chegada ao cargo?

Pelo contrário. Primeiro pelo fato do meu nome ter recebido uma acolhida bastante significativa da comunidade, tanto a partir da eleição para a composição da lista tríplice, seja a partir de consultas diversas realizadas junto aos discentes, funcionários e docentes. Considero que esse período meu de Esalq, de mais de 20 anos, me credenciou como um profissional qualificado e disposto a trazer contribuições importantes e com apoio da comunidade. Portanto, não foi uma dificuldade e não deixa de ser emblemático o fato da instituição se posicionar com uma inserção cada vez mais multidisciplinar, seja no ambiente acadêmico ou no mercado profissional.

A façanha de ultrapassar os 100 anos de existência não é para qualquer instituição. Só conseguem alcançar essa marca aqueles que estão prontos para acompanhar a evolução, que se adaptam aos novos tempos e que se reciclam. Como o senhor pretende contribuir nesse sentido, durante a sua gestão?

Cem, 110 anos são marcas difíceis de serem observadas em quaisquer tipos de instituição e isso acaba conferindo maior visibilidade, exigindo ao mesmo tempo um planejamento pautado pela sustentabilidade, e considero que esse seja um diferencial da Esalq. Penso que toda a herança de empreendedorismo advinda de Luiz Vicente de Souza Queiroz e agora isso referenciado às práticas sustentáveis nas ações de ensino, pesquisa e extensão, nas mais diversas áreas do conhecimento, a aproximação cada vez mais evidente com a sociedade e com o mercado de trabalho, qualificam a instituição Esalq para mais um período extremamente longevo e, até 2014, temos uma série de ações desenhadas que devem contribuir para que essa sustentabilidade, pautada pelo empreendedorismo, de fato prevaleça.

Em seu discurso de posse, o senhor enfatizou a necessidade da Esalq alcançar clareza da identidade institucional. Como isso pode se dar?

Quando falamos de identidade institucional isso tem que ser algo evidente para unir a comunidade. O sucesso sustentável da instituição depende do comprometimento da administração, mas tudo ficará mais fácil se esse comprometimento envolver a comunidade docente, servidores não-docentes e discentes, ou seja, estamos no mesmo barco e, se remarmos juntos, em uma mesma direção de sucesso, será mérito da comunidade como um todo. Isso é importante e acaba sendo incentivado por uma identidade institucional cada vez mais clara.

Como o senhor espera ser lembrado pela comunidade acadêmica e pelos piracicabanos ao fim do seu mandato, em 2014?

Eu gostaria muito que o período de 2011-2014 fosse lembrado como um período profícuo, de realizações importantes, que com certeza possam trazer uma chance cada vez maior de sucesso para a sustentabilidade da Esalq. (por Cristiane Sanches)


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