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Belém: A cidade das mangueiras

Publicado na Revista Monte Alegre | 13ª Edição | Março | 2013
Foto: Jean Barbosa/Paratur

A cidade de Belém (PA) já foi denominada de Paris das Américas. Conhecida também como ‘a cidade das mangueiras’, a capital paraense tem uma beleza ímpar.  É banhada pelos rios Amazonas, Guamá e Maguari, de águas escuras que se perdem no horizonte e nos fazem refletir o quanto é belo e extenso o nosso país.

O mercado Ver-o-Peso, que tem esse nome devido às taxas que eram cobradas de acordo com o peso do produto, é uma das maiores feiras ao ar livre da América Latina, fato que justifica a ampla variedade de frutos, ervas, plantas, peixes e carnes. Referindo-se às carnes, é no Estado do Pará onde está a maior ilha do mundo que é banhada por rios, a Ilha de Marajó, onde são criados búfalos, cuja carne é muito apreciada. 

A visita à cidade é um passeio agradável e o roteiro pode ser variado como, por exemplo, o histórico e cultural que inclui a Praça da República e o Teatro da Paz, que é uma réplica do teatro La Scala de Milão, na Itália.  As construções são de estilo europeu e contemplam a bela arquitetura, que pode ser observada pela cidade e que foi parte do ciclo da borracha.

No quesito religioso destaca-se a bela Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Ao entardecer, na praça em frente à Igreja, surpreende a revoada de pássaros, que cantam em alto e bom som.  No mês de outubro, a tradicional Festa do Círio de Nazaré mobiliza milhares de seguidores que, após a caminhada, têm o hábito de comer o tradicional pato no tucupi.  

O pato no tucupi é um dos pratos típicos da gastronomia paraense, além do tacacá, do peixe frito acompanhado do açaí, da farinha de mandioca, a maniçoba, do bolinho de piracuí e do chibé que, dentre outros, são patrimônios culinários paraenses.

Assim, no aspecto gastronômico, a cidade de Belém surpreende também. Tem a terceira maior comunidade nipônica do Brasil, após São Paulo e Paraná, justificando o número significativo de restaurantes japoneses dessa cidade.

O mercado Ver-o-Peso, a sorveteria Cairu, os restaurantes Lá em Casa, Remanso do Peixe e, agora, a casa mais nova - o Remanso do Bosque, dos chefes e irmãos Thiago e Felipe Castanho, que são profissionais criativos e que valorizam os produtos locais. Aliás, quando o assunto é restaurante, o Lá em Casa é referência para a gastronomia da região Norte do país e, imediatamente, permite lembrar de Paulo Martins, que foi um ícone e representa a gastronomia do Pará. Paulo Martins, que morreu em 2011, foi o primeiro chefe de cozinha que percebeu a importância da valorização dos produtos brasileiros. Ele criou o festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense, cuja 10a edição foi em 2012.

O festival é um evento realizado anualmente. Sua programação inclui aulas com chefes renomados, debates e jantares promovidos por uma comitiva de chefes brasileiros de renomados restaurantes.

O evento é um exemplo de valorização da cultura alimentar do Brasil, que poderia ser reproduzido em outras regiões do país.


Michele Coelho Novembre é formada em hotelaria pelo Centro Universitário Senac – Águas de São Pedro e pós-graduada em administração e organização de eventos e cozinheiro chefe internacional pela mesma instituição. Atualmente, a profissional dá aulas de gastronomia na Unimerp (Universidade Metodista de Piracicaba) e no Centro Universitário Senac, e trabalha como personal chefe.

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